Wassef sabia do paradeiro de Queiroz. Advogado disse que família do presidente não sabia de nada
Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, em entrevista
para a revista Veja, afirmou que acolheu eu uma de suas
propriedades, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que estava
sumido a mais de um ano, porque possuía informação que este poderia ser morto,
e por consequência, responsabilizar Bolsonaro caso o crime ocorresse. Disse
Wassef, "Passei a ter informações de que Fabrício Queiroz seria
assassinado. O que estou falando aqui é absolutamente real. Eu tinha a minha
mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro."
Wassef afirmou que tanto o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) e quanto o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) não sabiam do
paradeiro de Queiroz, até sua prisão semana passada. Disse ele,“eu omiti isso
do presidente. Eu omiti do Flávio por motivos que me reservo ao direito de não
dizer agora. O presidente da República jamais teve conhecimento da autorização
para que o Fabrício, caso quisesse, pudesse estar nessas propriedades".
Até esta entrevista à Veja, Wassef negou ter abrigado
Queiroz ou mantido contato com ele ou sua família. "Nunca telefonei para
Queiroz, nunca troquei mensagem com Queiroz nem com ninguém de sua família.
Isso é uma armação para incriminar o presidente", disse ele à Folha de S.
Paulo semana passada.
A
prisão de Queiroz.
Queiroz foi encontrado em imóvel de Wassef, em Atibaia-SP.
Ele é investigado por ser operador financeiro da suposta “rachadinha”, enquanto
assessor de, na época deputado estadual, Flávio Bolsonaro.
O que
é rachadinha?
É conhecida prática de
recolhimento de parte dos salários de assessores de um gabinete
legislativo. Neste caso, suspeita-se que Flávio Bolsonaro, hoje senador, era o
beneficiário final de grande montante deste repasse.