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Campo Grande ganhará 10 novos leitos para internação involuntária de usuários de drogas



Reprodução da Internet.


A partir de fevereiro, a Santa Casa de Campo Grande oferecerá dez leitos para atender e tratar dependentes químicos, pelo sistema de internação involuntária, quando a pessoa a ser tratada pode ser acolhida mesmo sem expressar essa vontade.

Esta nova ala do hospital é resultado da junção de várias entidades, e não conta com verbas do sistema único de saúde (SUS). Em todo Mato Grosso do Sul, até então, existem 32 leitos disponíveis para este tipo de internação.

Este serviço beneficiará usuários de entorpecentes que se encontram em situação precária, de rua e de humilhação social, como aqueles que circulam pela antiga rodoviária da capital. E além do espaço, do serviço de enfermagem e da alimentação, oferecidos pela Associação Beneficente de Campo Grande, gestora da Santa Casa, os pacientes também terão acompanhamento de médicos psiquiatras cedidos pelo Hospital Nosso Lar.

A ideia é, a priori, realizar a desintoxicação desses pacientes, e depois encaminhá-los para outros tratamentos de acompanhamento, oferecidos por entidades parceiras.

Quem pode pedir a internação involuntária?

Segundo legislação específica, a família ou responsável legal podem solicitar a internação involuntária de pessoa com dependência química, porém, a internação de fato é decisão médica. Servidores públicos atuantes na área de saúde e assistência social, bem como integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), também estão autorizados a realizar o pedido de internação involuntária.

Quais os passos da internação involuntária.

Depois de oficializado o pedido de internação, e verificada a impossibilidade de realização de outras medidas terapêuticas, de acordo com o tipo de entorpecente comumente utilizado, o médico responsável pelo tratamento deste paciente, determinará a necessidade da desintoxicação, e qual o tempo de internação necessário, tendo como protocolo o limite de noventa dias.

Este tratamento pode ser interrompido?

Sim, tanto o familiar ou o representante legal do paciente internado involuntariamente, durante o tempo da internação, pode solicitar ao médico a que o tratamento seja interrompido.

Adendo: quando da internação involuntária, o hospital precisa comunicar o Ministério Público e a Defensoria Pública, em até 72 horas. E comunidades terapêuticas não podem realizar este tipo de internação.

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